Psicose

Julia Duarte
2 min readAug 15, 2018

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“Todos nós somos um pouco loucos de vez em quando.”

Quando decidi ler o livro Psicose já tinha assistido ao filme de Hitchcock algumas vezes e acompanhado toda a série Bates Motel, no Universal Channel. O que mais poderia me surpreender nessa história que conhecia de cabo a rabo? Resultado: valeu MUITO a pena. Descobri detalhes impossíveis de serem representados no cinema e na televisão, me envolvi com os personagens e vivi a tensão e o suspense como se fosse a primeira vez em contato com a história.

Robert Bloch sabe como envolver o leitor. A tradutora desta edição, Anabela Paiva, fez um excelente trabalho e não deixou escapar nenhum detalhe do jogo de palavras e do estilo do texto original. O livro é tão fluido que o li numa tacada só. Não queria largar e ao mesmo tempo não queria que acabasse!

O ritmo da história me chamou atenção. Os personagens e os fatos são apresentados de forma simples e sem rodeios, cada parágrafo revelando um detalhe a mais. Apesar de ser uma trama ágil, o fato de se passar em uma época onde não existia internet nem telefone celular traz artifícios e dificuldades a mais para o mistério. Muitas vezes me peguei pensando: “Seria mais fácil mandar uma mensagem! Por que ninguém está fotografando ou filmando isso?!”

Além disso, os questionamentos sobre a psique humana nos fazem refletir sobre as motivações de cada personagem. Será mesmo possível julgar quem é bom ou mau? “Todos nós somos um pouco loucos de vez em quando”, afirma Norman Bates.

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Julia Duarte

Multitasking project manager, bookworm, and amateur triathlete.